Na história recente do país, o volume de recursos do tesouro que foram destinados a isenções fiscais, subsídios e empréstimos do BNDES não foi suficiente. A profunda crise de equilíbrio financeiro e econômico do estado nacional foi disseminada por todas as atividades do estado, sejam ministérios, bancos públicos e empresas estatais.
O curioso é que, no Brasil, as críticas são feitas como se, do outro lado, não estivessem algumas das maiores empresas desse nosso “pujante” setor privado. Quem assiste uma palestra dos atuais dirigentes chega a imaginar que essas empresas “sócias” do estado são meras vítimas inocentes.
Assim, a outra maneira de fragilizar a Eletrobras foi trata-la como um “BNDES extra”.
Como se não houvesse nenhuma dúvida sobre as 179 “participações” (Sociedades de Propósito Específico) das empresas do grupo Eletrobras, o atual presidente “espera” vende-las!
Ora, a primeira pergunta que surgiria num país que tem por princípio preservar o interesse público, seria procurar esclarecer sobre a lógica dessa decisão.
- A Eletrobras entrou como sócia minoritária em negócios que não valeram a pena?
- Por que essa parceria foi necessária?
- Se não entrasse não seria realizado?
- Nenhum dos investimentos vai dar lucro?
- Para ambos os sócios?
- A decisão de venda assume definitivamente o prejuízo?
- Que critérios foram usados para decidir por esses empreendimentos?
- Como se deu a divisão de custos administrativos?
- Quem são os membros dos conselhos dessas SPE’s?
- Que conflitos de interesses há entre o papel de uma empresa pública e a atividade dos sócios dessas SPE’s?
Exemplos do caso de Furnas:
Apenas para ilustrar, caso se reconheça uma empresa estatal como a que tem a maioria de ativos próprios ou exercendo o controle quando em sociedade, Furnas não é mais uma estatal no sentido estrito.
Para ler mais sobre o que será escamoteado caso a venda seja feita sem os devidos esclarecimentos, leia:
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