BNDES libera R$ 5 bilhões para linha de Belo Monte – Estado de S. P.

Análise do ILUMINA: Este é apenas um exemplo concreto da forma como são feitos os investimentos privados no setor elétrico brasileiro. A Xingú Rio Transmissora não é uma empresa estatal. O controle acionário é da estatal chinesa State Grid. Como se pode perceber, o capital não dispensa o empréstimo do BNDES (61% do total). Nessa linha a State Grid não está em parceria com a Eletrobras, mas é um ponto fora da curva.

Até agora, esse é o padrão de comportamento do capital privado no setor. O discurso presente nas declarações autoridades do futuro governo mencionam um padrão de investimento independente que nunca foi observado no Brasil. Vamos aguardar o surgimento desse “pujante” empreendedor.

Abaixo, alguns exemplos das parcerias minoritárias que foram necessárias para “animar” o setor privado e que trouxeram prejuízos à Eletrobras (entre parenteses, a participação em cada projeto):


Vinicius Neder, O Estado de S.Paulo

20 Novembro 2018 | 04h00

RIO – O BNDES anunciou nesta segunda-feira, 19, a aprovação de crédito de R$ 5,2 bilhões para a construção do sistema de transmissão elétrica que vai conectar a Estação Conversora Xingu, em Altamira (PA), à Estação Conversora Terminal Rio, em Nova Iguaçu (RJ).

Prevista para ficar pronta em dezembro de 2019, essa é a segunda linha de transmissão para escoar a energia gerada pela Hidrelétrica de Belo Monte. A primeira, que também recebeu empréstimo de R$ 2,6 bilhões do BNDES, começou a operar em dezembro do ano passado.

O BNDES anunciou a aprovação de crédito de R$ 5,2 bilhões para conectar estação em Altamira (PA) à estação em Nova Iguaçu (RJ). Foto: Paulo Vitor/Estadão

O segundo linhão está em construção pela Xingu Rio Transmissora de Energia S.A. (XRTE), empresa controlada pelo grupo chinês State Grid. A empresa que opera a primeira linha, a Belo Monte Transmissora de Energia, também tem participação do grupo chinês.

Embora a XRTE ainda trabalhe com o prazo de conclusão previsto no edital, a construção do novo linhão precisa passar por terras da Agropecuária Santa Bárbara Xinguara, pertencente ao banqueiro Daniel Dantas que tem resistido a dar autorização de passagem. A questão foi parar no Judiciário.

A segunda linha de Belo Monte terá 2,5 mil km, entre Altamira e Nova Iguaçu, mais do que os 2,1 mil km da primeira linha. O linhão atravessará 79 municípios de Pará, Tocantins, Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Segundo o BNDES, o empréstimo anunciado ontem representa 61% dos investimentos totais do projeto, de R$ 8,5 bilhões.

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