CENPES, descobertas inusitadas








Descobertas inusitadas no laboratório da estatal



Imagine um grupo de cientistas da Petrobras estudando as árvores, os frutos e as flores da Amazônia. Se a princípio essa atividade parece nada ter a ver com a exploração de petróleo, ela rendeu à estatal, no ano passado, uma descoberta que pode acabar com os vazamentos de óleo.


Os pesquisadores identificaram na floresta amazônica agentes naturais capazes de combater as bactérias que corroem as tubulações metálicas no mar. “O objetivo é que a prevenção seja o mais natural possível”, afirma Carlos Soligo Camerini, gerente-geral de gestão tecnológica do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes). Já foram encontradas, por exemplo, bactérias que, em caso de vazamento, “comem” o petróleo que fica sobre o mar.


Por causa de descobertas como essa é que o Cenpes reserva cerca de 10% de seu orçamento para pesquisas que mais lembram o laboratório do professor Pardal, personagem dos quadrinhos da Disney. É a chamada “margem de criatividade”, que pode ou não render um grande achado.


Uma das maiores apostas da Petrobras neste momento é criar tecnologias capazes de aproveitar o gás carbono emitido pelas refinarias , de acordo com Camerini, do Cenpes. A substância é a principal responsável pelo efeito estufa. A estatal vem estudando, por exemplo, devolver o dióxido de carbono para o fundo do mar, para o local de onde o próprio petróleo saiu.


“O mundo inteiro está preocupado com as questões de meio ambiente. Se não fizermos avanços nessa área, daqui a alguns anos não conseguiremos atuar em certos países”, avalia o engenheiro.


Paralelamente, como o petróleo é um combustível finito e com perspectivas de se tornar cada vez mais caro, a companhia também vem trabalhando para o desenvolvimento de novas fontes de energia, como biomassa, biodiesel, eólica e solar. (CM, Valor, SP))

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