Como denuciou a revista Carta Capital de 9 de junho, alguns dias após o leilão da Cemig, a Southern Electric Brasil Participações, dona de 33% das ações, tranferiu 90% das suas cotas par …



Como denuciou a revista Carta Capital de 9 de junho, alguns dias após o leilão da Cemig, a Southern Electric Brasil Participações, dona de 33% das ações, tranferiu 90% das suas cotas para Cayman Energy Traders. O outro acionista com 10% das cotas advinhem que é? Você tem 3 oportunidades:


1. Vale do Rio Doce
2. BNDES
3. Banco Oportunity




Estado de SãoPaulo 24/6/99

Mendonça de Barros defende venda de debêntures da Cemig

Ex-ministro reafirma que o negócio está respaldado na lei e o resultado foi positivo para o governo


RENATO ANDRADE


BELO HORIZONTE – O ex-ministro das Comunicações e ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luiz Carlos Mendonça de Barros, voltou a defender ontem à tarde a operação de venda das debêntures conversíveis em ações ordinárias da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), ocorrida em maio de 1997. Barros insiste que a venda respeitou todas as bases legais e que o resultado foi positivo para o governo mineiro. As declarações foram feitas durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que apura possíveis irregularidades na venda das debêntures, conversíveis em 32,9% das ações ordinárias da energética mineira. O depoimento de quase três horas não trouxe novidades. Os deputados tentaram questionar o ex-ministro sobre possíveis irregularidades na estruturação financeira da operação. Barros se defendeu, insistindo que tudo foi feito com respaldo do BNDES. O ex-ministro negou "veementemente" que na elaboração do edital de venda tenha havido participação de qualquer grupo privado interessado na compra das debêntures. "O BNDES não tem nenhuma operação questionada por ter desrespeitado a lei", afirmou ele. O debate foi marcado pelo despreparo técnico dos deputados que compõem a Comissão. Durante boa parte da apresentação, o ex-ministro teve que explicar termos técnicos a eles, como os conceitos de debêntures simples e conversível.


Parceria – A Southern Company negou ontem informação divulgada pela imprensa de que estaria deixando o Brasil e reafirmou seu compromisso com a Cemig, da qual é parceira. (AE)

Petrobrás, Escelsa e Vale vão instalar usina no ES

MILTON F.DA ROCHA FILHO


Petrobrás, Escelsa (Espírito Santo Centrais Elétricas S.A.) e Vale do Rio Doce acertam os últimos detalhes de uma associação para instalar uma usina termoelétrica, de 500 megawatts, utilizando o gás da Bacia de Campos em Vitória (ES). Serão investidos US$ 300 milhões no projeto, segundo o presidente da Escelsa, Francisco Gomide.


Ele advertiu, porém, para a necessidade de definição, por parte da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), das normas para a fixação de tarifas de energia elétrica para geração, para que os investidores tenham tranqüilidade para investir. Segundo Gomide, "um investidor não pode simplesmente aplicar recursos, sem observar o futuro".


O documento oficializando o consórcio entre Petrobrás, Vale do Rio Doce e Escelsa será assinado no começo de julho, disse Gomide. "O alcance dessa iniciativa, além de representar um grande investimento, também auxiliará o País, já que criaremos uma nova central de geração de energia elétrica, em uma região que necessita, como esta que abrange o Rio de Janeiro e o Espiríto Santo; também vamos trazer gás da Bacia de Campos pelo gasoduto que liga Gabiuna a Vitória; o gás será utilizada para a geração de energia e para a usina de peletização da Vale".


A Vale terá um terço da energia a ser gerada; os outros dois terços serão distribuidos pela Escelsa. A termoelétrica utilizará 2 milhões de metros cúbicos de gás. Essa é a programação já definida entre as empresas que compõe o consórcio. Os estudos para a instalação da usina deverão deslanchar a partir da formalização do consórcio, no ínicio de julho. (AE)

Escelsa poderá vender parte do controle acionário

Eletricidade de Portugal é uma das empresas interessadas nas ações que o Even mantém na companhia


A Escelsa (Espírito Santo Centrais Elétricas), pode mudar a composição de seu controle acionário – hoje dividido entre o Even, formado por bancos de investimentos, e o grupo de fundosde pensão GTD. Uma das companhias interessadas na aquisição de uma parte da participação doEven é a Eletricidade de Portugal. Outras duas companhias também estudam o negócio, mas seus nomes não foram revelados.


Essa é uma das várias investidas de companhias internacionais na Escelsa, que foi a primeira empresa de eletricidade a ser privatizada e vem apresentando bons resultados operacionais nos últimos anos.


O Even é formado pelos bancos de investimento Icatu, Pactual, Opportunity e Citibank. Como bancos de investimentos, suas aplicações são de médio e curto prazos. Por isso são mais assediados por estrangeiros interessados em comprar participações na Escelsa.


Quanto ao GTD, formado pelos fundos de pensão, não há intenção de venda de sua participação no controle da empresa de energia. A Escelsa também controla a Companhia de Eletricidade do Mato Grosso do Sul (Enersul). (M.F.R.F.)

Energéticas do RS fazem acordo para acelerar obras

CEEE e Dona Francisca definem reassentamento de famílias e agora vão apressar construção

de hidrelétrica


AYRTON CENTENO


PORTO ALEGRE – Um acordo anunciado terça-feira entre a Companhia Estadual de Energia

Elétrica (CEEE) e o consórcio Dona Francisca Energética S/A definiu a desapropriação de terras e o

reassentamento de 330 famílias hoje residentes na área que será inundada pela barragem da

hidrelétrica de Dona Francisca, na região central do Rio Grande do Sul.


A CEEE arcará com os gastos do reassentamento, avaliado em até R$ 20 milhões, a ser

concluído até junho de 2000 e, juntamente com o consórcio – formado pelas empresas Celesc, Copel,

Inepar, Desenvix, Santa Felicidade e a própria CEEE -, assumirá os custos da desapropriação,

calculados em R$ 12 milhões. A usina entrará em operação no ano 2001, significando um

investimento de R$ 160 milhões.


A Secretaria de Energia, Minas e Comunicações/RS garantiu que todo o processo de

realocação será discutido com as famílias, assegurando-se a indenização das terras e benfeitorias. O

reservatório cobrirá 6,2 mil hectares, dos quais 1,6 mil compostos pelas propriedades dos pequenos

agricultores. O consórcio também será responsável pela construção da subestação da hidrelétrica, que

fará a interligação com a rede estadual.


A retirada dos moradores vai começar em junho do ano que vem. A secretária Dilma

Roussef explicou que os lotes dos reassentados terão, no mínimo, 20 hectares. Deverão possuir solo

com boa aptidão agrícola, mecanizável e não ficar distantes mais de 300 quilômetros do lago de Dona

Francisca. Ela notou que o problema se arrastava havia cerca de 20 anos. Com o acordo, acredita-se

que o ritmo das obras da hidrelétrica, iniciadas em agosto do ano passado, será mais acelerado. (AE)

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