Dinheiro não dá em árvore… Na singela notícia sobre o aniversário de 40 anos de Jacuí, se encerra a grande disputa por trás das mudanças do setor elétrico . Quarenta anos …

Dinheiro não dá em árvore…


Na singela notícia sobre o aniversário de 40 anos de Jacuí, se encerra a grande disputa por trás das mudanças do setor elétrico . Quarenta anos funcionando diáriamente, essa usina pode ter gerado por volta de 35 TWh. Assumindo um preço médio de US$ 27/MWh essa máquina de fazer dinheiro poderia gerar quase US$ 1 bilhão nesse período, dinheiro suficiente para construir 3 usinas iguais. Como usinas hidroelétricas não acabam (*), com grande probabilidade, gerará outro US$ bilhão nos próximos 40 anos. A questão é: Quem se apropria dessa renda? Se a usina for explorada sob o regime de serviço público, essa vantagem será apropriada pela população sob forma de energia barata, ou sob forma de gerar recursos para construção de novas usinas. Ao contrário, se for explorada sob regime de Produção Independente essa montanha de dinheiro passa a ser apropriada pelo dono da usina. O ditado popular diz que "Dinheiro não dá em árvore". É verdade! Entretanto, dá em usinas hidroelétricas amortizadas. Ai está a razão de toda a lógica do modelo do governo FHC. Daí a privatização, daí o leilão da energia velha.


Enquanto isso, o "mercado" continua olhando para o preço do MAE e dizendo que não vai investir, desafiando os sábios gestores do modelo neo-liberal que acham que o "drive" da expansão são as distribuidoras. Wonderland!


(*) Por exemplo, a usina de Henry Borden em São Paulo é de 1926



CEEE comemora 40 anos de operação da hidrelétrica do Jacuí (canal energia 1/10)

Com potência instalada de 180 MW, a usina, localizada no município de Salto de Jacuí, possui seis grupos geradores

Redação, OeM

30/09/2002


Nesta segunda-feira, dia 30 de setembro a CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica) comemora os 40 anos de operação da hidrelétrica do Jacuí, localizada no município de Salto de Jacuí, no Rio Grande do Sul. Com potência instalada de 180 MW, a usina possui seis grupos geradores.


Além desta, no mesmo rio foram instaladas as geradoras Passo Real, com 140 MW de potência instalada, Itaúba, com 500 MW e Dona Francisca, com 125 MW. A energia gerada nas usinas do rio Jacuí é distribuída pelas linhas de transmissão para as subestações nas cidades de Canoas, Cruz Alta, Santa Maria, Passo Fundo, Venâncio Aires, Santo Ângelo, Polo Petroquímico, Charqueadas e Alegrete.


Grupos de trabalho devem concluir relatórios de revitalização até o final de outubro (canal energia 1/10)

Após conclusão dos documentos, os relatórios serão encaminhados ao CNPE para aprovação

Gisele de Oliveira, Mercado Livre

30/09/2002


Até o dia 30 de outubro, os grupos de trabalho responsáveis pela regulamentação das medidas do Plano de Revitalização do Setor Elétrico deverão concluir os relatórios das medidas consideradas prioritárias pelo governo.


Segundo uma fonte que está acompanhando o trabalho de reestruturação do setor, após a conclusão dos relatórios, os documentos serão encaminhados ao CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) para aprovação.


A previsão é que tais medidas sejam regulamentadas ainda este ano. Recentemente, o governo reestruturou os grupos de trabalho, classificando as medidas mais urgentes para regulamentação. O objetivo é dar maior agilidade ao processo de detalhamento e regulamentação dos temas. Segundo a fonte, o CNPE se reunirá este ano mais três vezes para avaliar as medidas propostas.


Os temas considerados prioritários pelo governo são: despacho e formação do preço de energia; aperfeiçoamento dos modelos utilizados pelo ONS; regulamentação das regras do MAE (Mercado Atacadista de Energia Elétrica); sinais de alerta quanto às dificuldades de suprimento de curto prazo; expansão da geração de energia; e expansão da transmissão de energia.



Executivo critica baixo preço do MWh no MAE esta semana (canal energia 1/10)

Para Antônio Rocha, com este patamar, os investidores ficam desestimulados a desenvolverem novos projetos no país

Gisele de Oliveira, Mercado Livre

30/09/2002


O baixo consumo de energia em todas as regiões do país impactou diretamente nos preços do MAE (Mercado Atacadista de Energia Elétrica) nesta semana. Quem afirma é o presidente da UTE Norte Fluminense, Antonio Gama Rocha, que acredita que este é um falso indicador de que o mercado anda bem.


Nesta semana, o valor do MWh para todos os submercados do país está em R$ 4,00 para todas as cargas, uma variação negativa de até 19,8% em comparação com a semana anterior. "Os preços MAE refletem a situação do mercado. No entanto, deve-se lembrar que o fato de a demanda ter caído muito ainda é reflexo do racionamento de energia", avalia.


Além disso, o executivo diz que o próprio resultado do leilão de energia das geradoras federais reflete esta aparência de excesso de energia no mercado. Segundo ele, como o consumo está baixo, os compradores não apareceram no leilão. "Os que compraram encontraram uma energia muito barata por conta da demanda está em baixa", complementa o executivo, que também é vice-presidente da Abraget (Associação Brasileira de Geradoras Termelétricas).


O resultado, diz Rocha, pode ser uma nova crise de desabastecimento de energia nos próximos anos. Com o preço da energia no mercado spot em baixa, explica ele, os investidores se sentirão desestimulados a tocar novos projetos, já que o país pode retomar o crescimento econômico a qualquer momento. "Cria um falso indicador de mercado para o setor, pois os preços estão muito baixos"


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *