Ex-secretário-executivo do MME é cotado para ser titular da pasta – Valor

“O Valor apurou que o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, sugeriu a Paulo Guedes o nome de Paulo Pedrosa para comandar o setor no governo Bolsonaro, mas o presidente eleito ainda não bateu o martelo sobre o tema.”

Análise do Ilumina: O Ministério de Minas e Energia parece ter uma daquelas portas de bar de western. Entram e saem com frequência representantes de interesses privados. E não é para conversar! É para assumir cargos!

O Dr. Paulo Pedrosa, foi durante muito tempo o representante dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace). Durante esse período, escreveu um surpreendente artigo no jornal Valor Econômico (26/11/2012) elogiando a Medida Provisória 579, que, como sabemos, quebrou a Eletrobrás.

https://www.valor.com.br/opiniao/2916574/medida-provisoria-579-mp-da-competitividade

ou

http://www.ilumina.org.br/medida-provisoria-579-a-mp-da-competitividade-valor/

Logo depois, Dr. Paulo usou a porta do bar para assumir o cargo de secretário executivo do Ministério de Minas e Energia do governo Temer!

Depois, em abril de 2018, lá se foi Dr Paulo, saindo do cargo com a nomeação do Ministro Moreira Franco.

Agora, passado algum tempo fora, lá vem ele outra vez, pois a porta está lá, aberta como sempre. Atrás dela, os cargos do MME estão à sempre disposição. Basta atravessa-la.

Na visão do ILUMINA, Dr. Paulo elogiou uma medida que esteriliza ativos construídos há décadas de tal maneira a quebrar uma estatal e não gerar 1 R$ para novos investimentos. Além de ser inédita no planeta, não pode ser de interesse público.

Na visão do ILUMINA, o setor tem muitas razões para ter tarifas altas. A MP 579 isentou todas elas e Dr. Pedrosa sabe muito bem quais foram.

Diversos esqueletos no armário e que irão gerar novos aumentos pouco divulgados, provavelmente serão implementados pelo novo ocupante do cargo. E a porta de Bar continua aberta.


Andrea Jubé, Marcelo Ribeiro, Rodrigo Pollito

O presidente eleito Jair Bolsonaro encerrou ontem o périplo de três dias em Brasília com um terço de seu futuro ministério confirmado, e o encaminhamento das indicações para as pastas de Minas e Energia e Meio Ambiente. Outra prioridade é a definição do futuro ministro de Relações Exteriores, a pedido da nova titular de Agricultura, deputada Tereza Cristina (DEM-MS).

Ontem o general Oswaldo de Jesus Ferreira, cotado para assumir o Ministério da Infraestrutura, chegou para uma reunião do gabinete de transição para discutir privatizações acompanhado do ex-secretário executivo de Minas e Energia Paulo Pedrosa.

Com a manutenção da pasta de Minas e Energia – que seria incorporada à de Infraestrutura -, o nome de Pedrosa despontou como cotado para o posto. “Já está mais acertado que a parte de Minas e Energia vai ficar em um ministério separado”, disse Ferreira ao chegar à reunião com Paulo Guedes, futuro ministro da Economia.

O Valor apurou que o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, sugeriu a Paulo Guedes o nome de Pedrosa para comandar o setor no governo Bolsonaro, mas o presidente eleito ainda não bateu o martelo sobre o tema.

Pedrosa está afinado com a equipe de Bolsonaro: ele e o ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Luiz Augusto Barroso, conversaram algumas vezes com Luciano de Castro, principal nome responsável pelo programa de energia do futuro governo.

Além disso, Pedrosa tem a simpatia do mercado, com quem mantém boa interlocução: na gestão de Fernando Coelho Filho, Pedrosa encaminhou uma reestruturação do setor elétrico, foi um dos artífices da proposta de privatização da Eletrobras, foi diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

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