O aumento da insegurança energética do país e a aceleração da trajetória de crescimento das tarifas da energia elétrica são os maiores impactos da privatização da Eletrobras. Portanto, apertem os cintos porque o piloto sumiu. . Esse é o tema desse Curta-Circuito 08. O programa é apresentado por Ronaldo Bicalho, pesquisador do Grupo de Economia da Energia do Instituto de Economia da UFRJ.
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Pois é, temos algumas visões ligeiramente diferentes no Ilumina.
Eu tenho insistido que o Titanic, até o choque com o Iceberg teve uma trajetória. Na análise dessa trajetória há um trecho que precisa ser mais bem explicado. A “coordenada” desse caminho se chama MP 579.
Nenhum problema em considerar que usinas hidroelétricas são um investimento que se amortizam. Isso ocorre no mundo todo. O X da questão é o quanto e o como.
Usinas desse tipo na Noruega ou na Suécia são problemas totalmente distintos, pois esses países consomem praticamente a mesma quantidade de energia desde a década de 90. O Brasil, nesse mesmo período multiplicou por 4 seu apetite por kWh. Precisamos de praticamente 2.500 MW todo ano.
E o pior é que São Pedro nos ajuda a não perceber. Num certo período não há novas usinas e o santo nos manda anos úmidos. Ninguém percebe e a crise vai sendo adiada. Essa foi a razão do racionamento de 2001.
Portanto, quando se adota o critério de que usinas antigas devem receber apenas os custos de operação e manutenção, quem imaginou essa política pensa que o critério pode ser o mesmo da Suécia ou da Noruega.
Na verdade, na dose em que foi aplicada, anulou-se o autofinanciamento para expansão, que sempre foi o alavancador de investimento das empresas da Eletrobras.
O outro erro grave foi a separação da contabilidade da usina da contabilidade da empresa. Se uma parte significativa dos ativos administrados pela Eletrobras não reconhece os custos administrativos dos escritórios centrais, fornece-se um índice de eficiência reduzido que é o argumento preferido dos que desejaram privatizar a Eletrobras.
O método que usou o “valor novo de reposição”, que não dá para explicar aqui, está cheio de conflitos, pois na amostragem estatística que definiu a tarifa cotizada, há usinas que não passariam no teste.
Mas, está tudo nas páginas do Ilumina.
Bicalho, só 1% de discordância. Abraços
Grande análise Prof. Doutor Bicalho!!!