A sociedade brasileira é constantemente “embalada” com um cenário que não coaduna com a realidade da economia mundial. Aqui, muito frequentemente, se propaga a ideia de que todos os países adotaram a privatização de suas empresas elétricas. Passe-se uma ideia de que empresas estatais são “um atraso” perante uma verdadeira revolução privatista no planeta.
Nada mais enganoso. Vejam alguns exemplos de Estatais Elétricas pelo mundo:
- França com a EDF,
- Canadá com suas estatais em Quebec e British Columbia.
- Estados Unidos com mais de 2.000 empresas municipais de distribuição de eletricidade e com as modelares Tennessee Valley Authority e Bonneville Power Administration.
- Coreia do Sul com sua Korean Energy Power Company.
- Noruega com a Stattcraft e todas as suas empresas municipais.
- Suécia com a sua Vattenfall.
- Dinamarca com a Energynett e a DONG Energy.
- Nova Zelândia com suas Genesis Energy, Meridian Energy, Mighty River Power, Solid Energy, Transpower New Zealand Limited.
- Espanha com sua Red Electrica de España.
- Australia com a Power and Water Corporation.
- Belgica com a EDF Luminus.
- China com a State Grid Corporation of China.
- Hungria com a Paks Nuclear Power Plant.
- Indonesia com a Perusahaan Listrik Negara.
- Israel com a Israel Electric Corporation.
- A Italia com a Enel.
- O Japão com a TEPCON-Tokyo Eletric Power Holdings Inc.
- México com a Comisión Federal de Electricidad.
- Polonia com a Polska Grupa Energetyczna.
- India com a Coastal Karnataka Power/Ultra Mega Power Projects (UMPP).
- Russia com a RusHydro /Inter RAO UES.
Nunca é demais repetir que, dentre os países cuja base de produção de energia elétrica advém majoritariamente de usinas hidroelétricas, nenhum é totalmente privado. O Brasil será o único. A grande questão que deveríamos estar debatendo é:
Por que o Brasil não pode ter empresas públicas protegidas de interesses que não sejam públicos?
7 comentários para “Mais uma “miragem” – Informação”