A imprensa, hoje, dia 24/10/2017, está repleta de notícias sobre a possibilidade de termos outro racionamento. Geralmente os dados fornecidos para embasar a matéria são os baixos níveis dos reservatórios.
O ILUMINA prefere mostrar esse armazenamento em unidades energéticas (GWh) em comparação com a carga de cada mês, também em GWh.
O gráfico abaixo mostra que o armazenamento total do sistema em setembro equivale a um pouco mais da carga mensal atual. Isso está ocorrendo num sistema que é capaz de armazenar o equivalente a cinco cargas mensais!
Evidentemente a situação difere bastante da de 2001. Hoje temos térmicas e eólicas para ajudar o suprimento, mas, como se pode ver no gráfico abaixo, a carga brasileira está estagnada desde 2014. Imagine-se o que aconteceria se a carga estivesse no entorno de 49.000 GWh!
Na realidade, o que está “afastando” o racionamento é a enorme crise econômica do país e não, como alardeia o governo, as bandeiras tarifárias.
Quem analisa os dados do uso de geração térmica desde 2004, estranha o repentino “salto” de 10% da carga para mais de 20% nos últimos meses de 2012, justamente no período de anúncio da redução artificial de tarifas da MP 579 no governo Dilma. Certamente essa política ajudou a esvaziar reservatórios.
A questão não é ter ou não ter racionamento. A questão é que, com o preço que o consumidor paga, o risco já é um absurdo.
Relembrando, a tarifa brasileira é aproximadamente o dobro da que se pagava em 1995.
Relembrando, a situação hídrica atual não é inédita. O histórico de afluências de 87 anos mostra situações piores.
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