Roberto Pereira D’Araujo
O tema dessa postagem nem é mais o que tentamos mostrar no artigo sobre a mudança de sede de Furnas. O foco aqui é o Brasil e sua triste e, ao mesmo tempo, fácil trajetória de destruir seu passado, por melhor que seja.
Aliás, essa é uma espécie de marca registrada brasileira, pois aqui é comum a demolição de prédios históricos. Agora, também estamos nos “libertando” das ferramentas que nos libertaram do estigma de país que produzia café. De certo modo, estamos retornando a esse passado de país “quintal” do mundo.
Ao contrário do que se pensa hoje sobre as empresas estatais, elas foram essenciais para o período onde o Brasil era para a economia mundial o que é a China hoje.
Assistam o pequeno filme sobre Furnas abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=-ox94Qowgeg
Se há alguma preocupação sobre o que isso significa isso para um país, é urgente que nos perguntemos:
- Que espécie de maldição tem o Brasil?
- Por que não podemos ter instituições públicas respeitadas que outros países têm?
- A eliminação dessa parte produtiva do estado brasileiro vai realmente nos livrar dos malfeitos que assistimos nos últimos 25 anos?
- Não há evidências de que interesses privados estão encravados em outras instituições?
Mas, se essa lembrança da história não causa pelo menos algum incômodo, então, realmente não há nada a fazer se não assistir o ocaso dessa empresa e imaginar o que vai nos acontecer sem ela.
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