A substituição da visão da energia elétrica como um fator de desenvolvimento econômico e social por uma visão da energia elétrica como uma mercadoria como outra qualquer tem graves implicações sobre a disponibilidade dessa energia para o desenvolvimento econômico e o bem-estar da sociedade. Esse é o tema desse Curto-Circuito 63. O programa é apresentado por Ronaldo Bicalho, pesquisador do IE-UFRJ.
Uma resposta
Magnífico, engenheiro Bicalho.
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Vou guardar o link no meu arquivo e, nos próximos dias, encaminhar a meus contatos no Zap. Vou pedir a eles que prestem toda a atenção a esta verdadeira aula sobre o que é e o que significa a energia elétrica em sua completude.
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Li um texto recente em que o professor Heitor Scalambrini Costa fala sobre a necessidade urgente de reestatizar o setor elétrico brasileiro.
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Creio que ele está totalmente correto, até porque, para que o tal projeto de “neoindustrialização” do Brasil se materialize realmente, saia do papel e não fique somente nas boas intenções, esse novo “parque industrial” vai necessitar de insumos os mais baratos possíveis, sendo a energia elétrica só um deles.
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Com uma infraestrutura que está vastamente privatizada e caminhando para a privatização total, numa lógica que privilegia os lucros individuais, a serem acumulados por uns poucos, em detrimento de um projeto nacional, coletivo, de desenvolvimento, não haverá como garantir que esse “parque industrial” possa vicejar.
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Veja bem. Nem estou aqui a falar de socialismo e do direito à energia elétrica. Falo da necessidade de energia o mais barata possível, essencial para o desenvolvimento das forças produtivas do país, ainda sob a lógica de desenvolvimento capitalista.
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Esse desenvolvimento vai ser irremediavelmente inviabilizado pela lógica incontornável da obtenção de lucros imediatos e sempre maiores que se instalou no setor elétrico a partir das privatizações.