Um ano depois da morte do professor Luiz Pinguelli Rosa, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, participa de homenagem ao pesquisador em evento na Academia Brasileira de Ciências (ABC), dia 3 de março, às 9h30. A mesa também terá a presença da presidente da ABC, Helena Nader; do reitor da UFRJ, Carlos Frederico Leão da Rocha; do diretor da COPPE/UFRJ, Romildo Toledo; do diretor da COPPETEC e presidente do CONFIES, Fernando Peregrino; e de Sergio Rosa, irmão do homenageado.
O encontro marca o lançamento oficial do site luizpinguellirosa.org.br, projeto apoiado por um grupo de entidades e por amigos do professor. A homenagem coletiva descreve a “trajetória de lutas” de Pinguelli Rosa e lembra sua atuação em defesa da Democracia, pela valorização da pesquisa científica e por uma política energética voltada ao desenvolvimento do país. Além disso, reúne um extenso acervo de fotografias e documentos inéditos e depoimentos de colegas e amigos.
“Sua permanente inquietude criativa promoveu inovação por onde passou; buscava e exercia a interdisciplinaridade em tudo que fazia; incentivava a cooperação e o trabalho em redes”, escreveu o amigo André Spitz, presidente do COEP, em seu depoimento. “Por tantas realizações e pelo seu amor profundo pelo país, Pinguelli está na mesma categoria, como visionário e intelectual engajado, de Darcy Ribeiro”, diz o também amigo Fernando Peregrino, diretor da COPPETEC e presidente do CONFIES
Físico nuclear e referência em política energética, Luiz Pinguelli Rosa (1942-2022) foi um dos mais conhecidos cientistas brasileiros. Professor emérito da UFRJ, foi eleito cinco vezes diretor da COPPE/UFRJ e ocupou a presidência da Eletrobras.
Além de perfil e cronologia, o site detalha fatos da trajetória de Pinguelli, como a sua prisão durante o regime militar; sua atuação em favor da Ciência e Tecnologia na Constituinte; suas críticas às privatizações, especialmente as do setor elétrico; a amizade com o sociólogo Betinho; a participação em movimentos sociais; as críticas ao acordo nuclear Brasil-Alemanha; a investigação sobre testes clandestinos de um artefato nuclear no Pará; sua gestão na Eletrobras; a participação no Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) e seu papel como secretário executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, entre outros temas.
A realização do site contou com a participação do filho de Pinguelli, Luiz Eduardo Lomba Rosa, responsável pelo design, programação e pesquisa de fotografias, vídeos e documentos. Os que quiserem contribuir para este acervo podem enviar depoimentos e arquivos através de um formulário específico. “Além de ser uma homenagem, a preservação desta memória fortalece o legado de meu pai e pode inspirar os que quiserem dar prosseguimento às suas lutas”, diz Luiz Eduardo
A equipe também contou com a jornalista Anabela Paiva, responsável pela maioria dos textos. Já André Spitz, Fernando Peregrino e Beatriz Alves Pinto orientaram a pesquisa e as entrevistas realizadas.
O site luizpinguellirosa.org.br teve o apoio das seguintes instituições: COPPE/UFRJ; COPPETEC; COEP; Ilumina; Academia Brasileira de Ciências (ABC); CONFIES; SBPC; UFRJ; AdUFRJ; Clube de Engenharia e Museu Nacional.
Serviço:
Dia 3/3/2023, às 9h30
Auditório da Academia Brasileira de Ciências (ABC)
Rua Anfilófio de Carvalho, 29, 3º andar
Centro – Rio de Janeiro
O ILUMINA, Instituto que Pinguelli foi diretor e ajudou a construir a dedicação a desvendar os dilemas do setor elétrico, acrescenta o brilhante e ainda atual trabalho dele na Eletrobras.
O relatório GENESE, escrito em 2003 revela muitos dos problemas que enfrentamos. Caso alguém se interesse em ler, basta comentar e enviar um e-mail para roberto@ilumina.org.br que enviaremos o documento em pdf.
