"A redução de preço ao consumidor residencial, vai virar realidade porque as distribuidoras ganharão melhores condições para comprar a energia que distribuem." – Diz o Direto …




"A redução de preço ao consumidor residencial, vai virar realidade porque as distribuidoras ganharão melhores condições para comprar a energia que distribuem." – Diz o Diretor Geral da ANEEL.


Só se alguém estiver guardando energia embaixo do colchão, porque segundo os gráficos do ONS, não há sobras! Essa será a primeira vez na história da humanidade que a lei de mercado funcionará de cabeça pra baixo. Preços caindo com restrição de oferta… Sobre se há ou não sobras, clique aqui.


Programa de térmicas deve atrasar (Estadão)

Até agora, só um projeto para construção de termoelétricas foi apresentado


PAULO CABRAL


RIO – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) recebeu até agora apenas um projeto para a construção de usina térmica dentro do Programa Prioritário de Termoelétricas (PPT), que prevê a construção de 56 unidades até 2003.


O chefe do Departamento de Petróleo, Gás e Usinas Térmicas do BNDES, Manoel Fernandes dos Reis, considera "otimista demais" o cronograma do programa.


"Poucas vezes neste país eu vi tanta vontade política para se fazer alguma coisa, mas não basta isso para o projeto acontecer", diz Reis. "O Brasil vai ter um parque gerador de energia térmica, mas precisa de um tempo de maturação", avalia.


O único projeto concreto recebido até agora diz respeito à Usina de Araucária, no Paraná, do qual faz parte a Petrobrás. "Fizemos reuniões e trocamos cartões com mais alguns investidores, mas há pouca coisa concreta", conta.


Reis acha arriscado precisar quantas usinas têm possibilidade de serem construídas, porque isto depende do interesse dos investidores estrangeiros.


"Há uma demanda por energia elétrica no mundo inteiro, e o capitalista vai escolher o local que lhe dê menos risco e mais retorno para fazer seu investimento", diz. O técnico acredita, no entanto, que "teremos uma dezena de boas usinas nos próximos três ou quatro anos".


O projeto prevê que as usinas serão financiadas na modalidade de project finance, na qual as receitas previstas pela operação garantem o empréstimo.


O diretor do BNDES observa que o banco vai participar do financiamento dos projetos, mas que os empreendedores dependem de dinheiro do exterior para a compra dos equipamentos importados. E para atrair capital externo, o projeto precisa ser muito claramente viável e rentável. "O investidor vai montar uma usina aqui para ganhar dinheiro, e não porque o Brasil precisa de energia elétrica", diz. "Se ninguém bancar lá fora, não podemos fazer milagre aqui dentro."


Bolívia – A Petrobrás fechou ontem um acordo com o governo boliviano para a construção de uma termoelétrica a gás natural com potência de 110 MW em Porto Suarez, na fronteira com o Brasil. A estatal terá como sócios no empreendimento a americana Duke Energy e o grupo brasileiro Monteiro Aranha.


A Duke Energy e a Petrobrás também planejam construir uma usina, com 100 MW de potência, em Corumbá, no Mato Grosso do Sul.


Bolsa vende energia por atacado (JB)

BRASÍLIA – O Mercado Atacadista de Energia (MAE) começou a sair do papel. Com a homologação de suas regras pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e publicação do Diário Oficial da União (DOU) de ontem, a instituição começa a funcionar, de fato, a partir de 1° de setembro. Criado dentro do novo modelo do setor elétrico brasileiro, o MAE funcionará como uma espécie de bolsa de compra e venda de energia, o chamado mercado spot. Ele terá como principal função regular os preços do mercado a partir da livre negociação entre os fornecedores de energia e consumidores.


No início, só os grandes consumidores de energia ganharão com os benefícios do MAE. Mas, num futuro próximo, a redução de preço provocada pela livre negociação, poderá trazer benefícios para os consumidores em geral. Dentro de 25 dias, o sistema começará a funcionar com a fixação do preço da energia por meio de computadores ligados à internet. As concessionárias de energia poderão vender no MAE o excedente a 85% do que distribuem para seus consumidores cativos. De acordo com o cronograma da Aneel, a implantação do sistema de livre negociação de energia só será concluída em janeiro de 2002. Depois das outras duas etapas, a segunda, com início em 1° de junho de 2001, e a terceira, a partir de 1° de janeiro de 2002, as negociações para fixação de preço do MAE serão realizadas de hora em hora.


Na avaliação do diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, a implantação do MAE, vai inaugurar, de fato, a competição no setor de energia no Brasil. A redução de preço ao consumidor residencial, segundo ele, vai virar realidade porque as distribuidoras ganharão melhores condições para comprar a energia que distribuem. Pelas regras do MAE, as empresas poderão comercializar excedentes de energia e adquirir produção adicional de outras empresas para atender os seus clientes. A compra e venda do insumo nessa bolsa de energia será realizada por corretores credenciados pela agência reguladora. Entre eles, já foram cadastrados até mesmo bancos de investimento.


O processo para consolidação das regras do livre mercado de energia teve início em julho de 1999, ocasião em que a Aneel aprovou as regras provisórias do MAE. No início deste ano, em fevereiro, o órgão aprovou o regulamento e o encaminhou para homologação da Aneel. Antes de dar sua aprovação final, a agência recebeu contribuições de empresas, universidades e conselho de consumidores. No mês passado, colocou todo o regulamento em consulta pública, antes de decidir, nesta semana, sobre as regras definitivas do MAE.










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